1 de abril de 2012

Mágico Monsil-Mágicos censurados por mágicos

Uma questão para o público em geral e para os amigos mágicos.
É importante a apresentação da mágica na mídia como na televisão? Parece uma pergunta idiota de mais, porém o motivo de estar tocando nesse assunto é que tenho visto no meio dos mágicos críticas sem fundamentos quando algum colega de profissão aparece na TV, são comentários inúteis e sem importância chega a soar como ciúme ou frustração por não estar lá.
censuraNa minha sincera opinião, quando um mágico é convidado para participar de um programa de TV num programa de variedades por exemplo, como Eliana, Programa do Jô, Domingo Legal ou qualquer outro é porque a intenção do programa é mostrar números de mágica, um momento de entretenimento de descontração tanto para o programa que convida quanto para os espectadores que assistem, ninguém quer saber se o mágico conhece corretamente as técnicas do ilusionismo, se ele está se comportando da forma “correta” ou qualquer besteira assim, o público quer ver o show que o mágico vai apresentar e não o seu conhecimento técnico.
Quando vamos ao médico a única coisa que queremos saber é se ele tem a resposta para a nossa enfermidade, não me importa se ele sabe qual o nome da bactéria que está no meu corpo, ou se ele está segurando corretamente os seus aparelhos. Não me importa a teoria mas sim a prática.
Existem colegas mágicos que parecem ser eternos julgadores, tudo que veem é motivo de julgamento sem noção, quando não acham o que julgar na mágica em si começam a falar que a roupa é inadequada, que o estilo não tem nada a ver. Calma lá gente, é mágica ou concurso de moda? E outra coisa, aonde está escrito qual o modo que o mágico deve ser, existe um padrão que eu não conheço?tv
Cada profissional sabe o estilo que vai adotar, com cartola, sem cartola, social, descolado, personagem, seja lá qual for… O bonito de toda arte é o individualismo e originalidade, a mágica não deve ser uma fôrma onde todos saem iguaizinhos, falando e atuando sempre do mesmo jeito.
Resumindo, quem paga o cachê do mágico é o público, ele que tem que gostar ou não, se cada um cuidar do seu trabalho com certeza iremos ganhar muito com isso, porque geralmente os que só reclamam e criticam são os piores.
Vamos apreciar mais a mágica e parar de se sentir o dono da verdade, um bom profissional reconhece o talento de seus colegas e não fica com medo da concorrência ou de ser comparado com o  “mágico da televisão”, o sol nasceu para todos, conquiste o seu espaço do seu jeito e pare de querer fazer sombra nos outros.
Claro que essa postagem é para uma minoria de PROFISSIONAIS que se acham os bam bam bam e se você se sentiu ofendido com ela deve ser porque provavelmente é um deles. E você? O que pensa de tudo isso, acham certo esses julgamentos maldosos, sem conteúdo nenhum, ou será que eu que estou malvado de mais, rsrsrs? Deixe o seu comentário pois ele é muito importante para o nosso crescimento profissional.

9 comentários:

  1. Sabe quantos mágicos são necessários para trocar uma lâmpada?
    resposta: 11, sendo um para trocar e dez para dizer que faria melhor...

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  2. Concordo Monsil, o sol nasce para todos, não precisa ser todos iguais!

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  3. É isto mesmo. Eu prezo muito o estilo de cada mágico. E quando a TV abre espaço para nossos colegas eu fico entusiasmado e torcendo pelo mágico. Nada melhor que respeitar e parabenizar esse mágico que conseguiu essa oportunidade na mídia.

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  4. Li todo o conteúdo e concordo plenamente com o que está escrito. Acredito que os que julgam e que na verdade não tem este direito de tal julgamento é sim inveja. A mágica no Brasil é muito pobre quando se diz respetito a união dos profissionais, sabe onde está a culpa? Vou dizer o que acho. A maioria dos eventos ou quase nenhum evento da mágica no brasil não não é divulgado na mídia por exemplo. Tá ai a desvalorização dos eventos que poderiam muito bem ser divulgados na mídia. Não se vê eventos de mágicas nem em jornais locais. O vício dos mágicos ficarem julgando é por que a maioria deles só acham que um mágico é bom se ele já ganhou algum tipo de campeonato de mágicas, onde as mágicas são feitas para mágicos, onde são analisadas principalmente as grandes e mais importantes técnicas. Tem muito mágico que nunca ganhou campeonato algum e que atua para o público leigo muito melhor que akele que já ganhou. Devemos entender de uma vez por todas que mágica é uma arte que vai levar entretenimento ao público leigo. Como foi dito no texto, eles não querem saber se o mágico usou um double lift com perfeição, eles querem ser enganados e adoram isto. O que não devemos permitir no meio mágico, são mágicos que desrespeitam esta arte e fazem ela de qualquer jeito, vazando os truques e sem se preocupar com quem está vendo, muitas vezes estes caras cobram muito mais barato, generalizando assim todo um trabalho sério que tem por trás. Muitos que julgam, se for fazer a mesma coisa não iriam conseguir, são os que fazem os piores truques, fazem de qualquer jeito, pois é mais fácil julgar do que executar. Quantos destes se se colocarem na frente de uma camera vai fazer algo bom? E acredito que estes tbém não vêem a hora de ver um colega de profissão errar pra sair metendo o pau. Este tipo de coisa a gente não vê em outras artes como a do circo, stand up comedy etc. a galera é mais unida e sabe pq? Porque para eles o mais importante é o público e não o que o colega de profissão acha. É isto.

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  5. Concordo com todos que se manifestaram, viva a divulgação da nossa arte e do nosso trabalho, pondero porém, sobre até onde pode-se chegar, minha opinião pessoal, por exemplo, sobre mágicos que para inserir o(a) apresentador(a) do programa no número tem que revelar o segredo para este. Quanto a isso, eu sou contra, do resto, viva a criatividade e originalidade de cada um!!! Abraços mágicos à todos e parabéns ao autor por abordar este assunto!

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  6. Minha opnião!!!!
    Sensacional, isso foi muito 10, continue assim meu amigo.
    O blog esta 10.

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  7. Monsil parabéns pela iniciativa de levantar discussões sobre nossa arte e fazer-nos pensar um pouco. Concordo com a maioria do conteúdo, o que vejo hoje é um desespero dos mágicos em aparecer em programas de TV pelo simples fato de aparecer. No mês de março recusei dois convites de grandes emissoras, um deles queria apenas que fizesse mágica sem entrevista e outro programa a produtora entrou em contato passando a lista de mágicas que queriam que eu fizesse. Recusei porque eles queriam um show na televisão e não entrevistar um artista, para isso basta contratar qualquer mágico.
    Alguns anos atrás fui a um programa no SBT, me condenaram pela internet e até recebi ligações sendo acusado de ensinar mágica na TV, eles falavam de um número clássico que apresentei o Dinamite que em sua rotina o mágico simula estar ensinando.

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  8. "ninguém quer saber se o mágico conhece corretamente as técnicas do ilusionismo, se ele está se comportando da forma “correta” ou qualquer besteira assim, o público quer ver o show que o mágico vai apresentar e não o seu conhecimento técnico."
    Ao meu modo de ver (meu modo) isso que fazemos existe de duas formas:
    1- Entretenimento - Truques apresentados como quebra cabeça, triviais, com a única função de entreter o público. Claro que podem ser bem elaborados e bem apresentados (o que exige, claro, uma técnica do performer em entreter e nisso citamos vários aspectos como oratória, postura, etc) mas o que acaba importando mesmo é o quebra-cabeça, seja ele apresentado bem ou mal.
    2- Mágica - Truques apresentados como mágica, como arte, significantes e com a função de, além de entreter, espantar, assombrar o participante/público com o mistério. Neste caso a técnica (execução/teatralidade/postura/oratória/psicologia/etc) é essencial para a desenvoltura da mágica como MÁGICA e como arte.
    Eu acredito que a mágica (chamando assim de forma globalizada) é dividida desta forma. Nas tv's temos o 1 e nos teatros temos o 2 (nem sempre) e não há problema nisso, são áreas diferentes.O que não pode é que os profissionais 1 se refiram ao que fazem como "arte mágica", afinal não estão fazendo sequer mágica, estão apenas apresentando quebra cabeças.
    A técnica influencia completamente em como o público vai receber o que está sendo feito (seja em 1 como em 2), desconsiderá-la (principalmente para 1, o qual a função é apenas entreter) é, sem dúvida, um desrespeito e falta de atenção com o alvo do entretainer: o público.

    Caíque Tostes

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    Respostas
    1. Olá pessoal, antes de tudo, como já foi dito parabéns ao Monsil pela iniciativa. Acho muito importante um debate verdadeiro e construtivo, para que haja uma evolução da "Arte mágica".

      Gostei da divisão feita pelo Caíque Tostes e quero deixar claro que o que direi a partir de agora é a minha opinião do que eu entendo por arte mágica "HOJE".

      É muito fácil julgar alguém que está na TV, por isso fiz algumas apresentações na TV, mas não tenho pressa nenhuma de ir novamente, para estar em rede nacional precisamos estar MUITO bem preparados e muito seguros. Este é um ponto.

      O outro ponto é que eu acho que falta em muitos mágicos o que o Tamariz diz ser fundamental em uma mágica, que é a criação de uma atmosfera mágica. Há um entreterimento, mas perece esquecemos que a mágica acontece na mente do espectador e não nos objetos que usamos, para isso é necessário que o ESPECTAdor crie "ESPECTAtiva", que ele acredite que aquilo é realmente impossível de acontecer.

      Nós devemos ser mágicos e não "fazedores de truques".

      Para finalizar, sempre digo que cada pessoa tem uma personalidade, gostos próprios, um olhar pessoal sobre as coisas e isto deve repercurtir na nossa maneira de apresentar nossa arte. Sempre com muito estudo, respeito e carinho à "Rainha de todas as artes, afinal toda arte é ILUSÂO"(SENA, 2011)

      Abraço a todos e muito sucesso!!!

      O Mágico e Gaitista Nicola Sena

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